CAPES/MEC sediou, na última quinta-feira, 16 de outubro, em Brasília, um seminário que discutiu a formação, o currículo e a carreira dos professores que atuam nos países do Mercosul. O encontro reuniu, de forma presencial e a distância, cerca de 100 representantes do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, entre gestores, pesquisadores e integrantes dos ministérios da Educação desses países.
A diretora de Formação de Professores da Educação Básica da CAPES, Marcia Serra Ferreira, apresentou como ocorre a formação de professores no Brasil, elencando também os desafios que têm sido enfrentados. Atualmente, o Brasil tem aproximadamente 2,4 milhões de professores na educação básica e cerca de 1,7 milhões de estudantes de licenciatura. A diretora ressaltou como desafios aumentar a atratividade da profissão, garantir formação adequada para os professores que atuam na educação básica, ampliar as oportunidades formativas para grupos historicamente sub-representados nas políticas, como indígenas, quilombolas e populações rurais, e reduzir as desigualdades regionais na distribuição de educadores.
Marcia Ferreira também destacou as ações da CAPES/MEC para o enfrentamento desses desafios por meio de programas como Pibid, Pé de Meia Licenciaturas, Parfor, Proeb e Universidade Aberta do Brasil (UAB). Essas iniciativas promovem formação em nível de graduação e pós-graduação para atuais e futuros professores, incentivando a iniciação e o investimento na carreira docente. Os desafios e as ações nos demais países foram apresentados por Gabriela Giordano, da Argentina; Edgar Brizuela, do Paraguai; e Laura Donya, do Uruguai.

Imagem: Print da tela de reunião (Divulgação)
O seminário, que contou com parte das apresentações mediadas pelo diretor de Educação a Distância da CAPES/MEC, Antonio Amorim, integra as ações da Comissão de Área de Formação Docente (CAFD) do Setor Educativo do Mercosul. O grupo é responsável por debater e propor iniciativas de cooperação voltadas à formação inicial e continuada de professores, bom como à valorização da carreira docente na região.
A Comissão trabalha na construção de uma tabela de equivalência de estudos e títulos entre os países, com o objetivo de fortalecer a integração educacional e permitir maior fluidez nos processos de reconhecimento recíproco das formações de professores que ocorrem nos países. “A promoção da mobilidade acadêmica e profissional é condição indispensável para ampliar a circulação de estudantes, docentes e pesquisadores no espaço regional”, explica a coordenadora-geral de Formação de Docentes e Valorização das Licenciaturas, Lorena Damasceno, que é a representante da CAPES/MEC na comissão.
No seminário, também foi apresentada a proposta de produzir uma edição especial da Revista Brasileira de Pós-Graduação (RBPG) sobre o tema. Na ocasião, foram explicados os eixos temáticos, os critérios de submissão e o cronograma da edição especial.
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
Fonte: Redação CGCOM/CAPES
Foto de capa: João Mendes – CGCOM/CAPES