Temas incluem formação de professores, interiorização, internacionalização e um novo assento no Conselho Superior
Formação de professores, mestrados profissionais, interiorização e internacionalização da pós-graduação, um assento no Conselho Superior e outros colegiados da CAPES. Esses foram os assuntos conversados com representantes da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação (MEC), em 05 de maio, na sede da Fundação, em Brasília.
Mercedes Bustamante, presidente da CAPES, fez um convite para que a Setec participe, como convidada, das próximas reuniões do Conselho Superior. A gestora observou que “Setec e CAPES têm pautas conjuntas muito importantes nos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia” pela pós-graduação.
Bustamante ainda disse ser necessário realizar “um trabalho conjunto, para que os Institutos se sintam mais reconhecidos”. A participação no principal colegiado da Fundação — assim como no Conselho Técnico-Científico da Educação Básica, que volta a se reunir em 2023, depois de mais de cinco anos de inatividade, e na comissão especial de acompanhamento do Plano Nacional de Pós-Graduação (PNPG) — é uma sinalização nesse sentido. Uma atuação em parceria pode facilitar a interiorização da pós-graduação.
Getúlio Marques Ferreira, secretário de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, enfatizou que a Setec, bem como o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), estão “acostumados a trabalhar em rede”. Mercedes Bustamante disse que “os mapas da Rede Federal e dos polos da Universidade Aberta do Brasil (UAB) são complementares” e sugeriu de pensar a internacionalização junto da interiorização.
Outro ponto de convergência entre a Fundação e a Setec é a formação de professores via mestrado profissional. A CAPES mantém os Programas nessa linha (ProEB) e a Setec, o Programa de Pós-Graduação em Educação Profissional e Tecnológica (ProfEPT). Os ProEB estão só nas universidades e o ProfEPT, um dos grandes programas de mestrado do Brasil, nos Institutos. As experiências poderiam ser unidas para fortalecer todos os Programas, beneficiando a educação de base nacional.
Sônia Fernandes, reitora do Instituto Federal Catarinense (IFC) e representante da Câmara de Pesquisa e Inovação do Conif no encontro, destacou que “enquanto instituições públicas e gratuitas, os institutos são únicos em diversos lugares. As universidades têm em maioria cursos diurnos, o que afasta os trabalhadores”.