Projeto apoiado pela CAPES teve reconhecimento internacional
Rempel explica que a nanotecnologia é uma alternativa adequada para manejar e controlar as pragas agrícolas, com vantagens específicas: “não impacta no meio ambiente e na saúde, tanto dos agricultores, como dos consumidores dos alimentos”. Ela frisa a importância da redução do uso de agroquímicos, já que estudos apontam a alta contaminação que eles causam nos alimentos.
A tecnologia desenvolvida no trabalho segue as orientações da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, da Organização das Nações Unidas (ONU). Seus resultados são significativos para a agricultura sustentável. A partir de agora, a equipe pretende desenvolver o projeto de pesquisa e validar o material em condições de campo.
Durante a execução do projeto a pesquisadora recebeu bolsa do Programa de Suporte à Pós-Graduação de Instituições Comunitárias de Educação Superior (Prosuc), da CAPES. Para ela, a possibilidade de transição entre a academia e a indústria, onde trabalhou durante sua graduação, proporcionou grande aprendizado, “especialmente pelos constantes desafios vivenciados em ambos os ambientes e também por permitir desenvolver uma pesquisa com potencial para solucionar um problema da humanidade”.
Reconhecimento internacional
A pesquisa foi selecionada na primeira edição do programa “25 Mulheres na Ciência – América Latina”, lançado pela multinacional 3M. A premiação identifica e reconhece cientistas emergentes que se destacaram por seu trabalho nas áreas da ciência e inovação. Mil pesquisadores de toda a América Latina participaram da seleção. Entre as premiadas, seis são brasileiras.
Para Silvana Rempel, essa distinção exalta todo o potencial da ciência, representada nas pesquisas feitas por cientistas mulheres na busca por soluções para os grandes desafios da humanidade. Ela comemora e diz se sentir “honrada pelo reconhecimento e motivada a seguir realizando pesquisa de qualidade, transformando a ciência em valor para a sociedade”.