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SBPC: Painel debate publicações científicas em jornais predatórios

A democratização da publicação e do acesso aos trabalhos, os Acordos Transformativos e esforços da CAPES foram abordados

No terceiro dia de debates da 75ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), na quarta-feira, 26 de julho, a CAPES participou de uma mesa-redonda sobre periódicos predatórios. Andréa Vieira, coordenadora-geral do Portal de Periódicos da Fundação, apresentou um panorama sobre o mercado de acesso aberto, com histórico e perspectivas, e falou sobre publicações em revistas sem legitimidade.

Vieira explicou que “o termo apareceu, a primeira vez, em 2010 em um artigo com critérios que classificavam uma revista como predatória”. Entre os riscos de publicar nesses espaços estão a baixa legitimidade dos veículos, impactos sociais negativos se o manuscrito for falho, incapacidade de lidar com a violação de direitos autorais e desaparecimento do artigo, quando a revista é fechada.

Para ela, a facilidade com que periódicos “se oferecem” para realizar as publicações, é um indicador potencial de que aquela revista pode ser predatória. Para combater a prática, a coordenadora apontou a necessidade de se estabelecer critérios claros para identificação desse tipo de publicação, assim como treinar pesquisadores para garantir que seus trabalhos não sejam prejudicados, já que os veículos predatórios não adotam, como procedimento, a revisão por pares, etapa fundamental para a ciência e pilar dos periódicos com boas práticas editoriais.

Já a respeito da ampliação de periódicos na modalidade de acesso aberto, ela informou que a CAPES vem trabalhando junto às editoras e à comunidade científica, para negociar contratos e permitir a publicação dos artigos de autores de instituições brasileiras em acesso aberto com valores mais condizentes com a realidade de financiamento à ciência no Brasil. A gestora ainda comentou sobre a existência do Portal de Periódicos, que concentra mais de 49 mil trabalhos científicos e é uma ferramenta central na democratização do acesso ao conhecimento. “Um pesquisador do Acre ou do Rio Grande do Sul acessa o mesmo conteúdo, sem pagar nada, a qualquer momento”.

Legenda das imagens:

Banner e imagem 1:  Andréa Vieira, coordenadora-geral do Portal de Periódicos, participou do painel “O que são jornais predatórios?” na SBPC (Foto: Naiara Demarco – CGCOM/CAPES)

Imagem 2: Andréa Vieira traçou um panorama sobre o mercado de acesso aberto e elencou formas de identificar publicações predatórias (Foto: Naiara Demarco – CGCOM/CAPES)

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).

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