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Unisinos quer usar telemedicina para integrar a rede hospitalar

Pesquisa desenvolve modelo computacional para padronizar informações e agilizar comunicação.

A Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), localizada na área metropolitana de Porto Alegre (RS), desenvolve projeto de telemedicina para ajudar o sistema de saúde a combater a epidemia de coronavírus. Financiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), vinculada ao Ministério da Educação (MEC), o trabalho tem a intenção de padronizar os dados clínicos de pacientes contaminados pela COVID-19 e criar um sistema de comunicação para integrar as informações médicas geradas por hospitais gaúchos.

Com este modelo, o prontuário dos pacientes poderá ser acessado instantaneamente por qualquer um dos estabelecimentos hospitalares, de forma segura. Desenvolvido pelo Laboratório de Inovação do Software da Universidade, o projeto de telemedicina pretende usar uma tecnologia conhecida como blockchain. Este sistema faz a criptografia dos dados e garante o sigilo de todas as informações, conectando os provedores dos hospitais dentro de uma linguagem única de informação. 

“Cada hospital é uma ilha. Tem seu sistema próprio de geração e armazenamento de dados, que é, normalmente, incompatível com sistema de outros hospitais. Com a padronização dos dados, será possível criarmos o que estamos chamando de Prontuário Eletrônico Pessoal, e ativarmos um sistema interligado e contínuo de troca de informações”, explica o coordenador do projeto e professor do Programa de Pós-Graduação em Computação Aplicada da Unisinos, Cristiano André da Costa.

De acordo com o pesquisador, a interação permitirá o acompanhamento da evolução da pandemia de COVID-19 e de muitas outras doenças, assim como a atualização permanente do registro eletrônico dos dados gerados pelos hospitais. “Os dados coletados poderão ser submetidos a técnicas de análise de dados, para predição de prognóstico e para geração de indicadores de gestão ou de saúde para tomada de decisão”, detalha ele. “A integração dos dados de saúde do paciente permite reduzir custos, tornar o diagnóstico mais efetivo e gerar indicadores de qualidade. Portanto, aplicamos conceitos que já vinham sendo trabalhados na saúde, como aprendizado de máquina, internet das coisas e blockchain, para a COVID-19”, conclui.

É um conjunto de ações de apoio a projetos, pesquisas e formação de pessoal de alto nível para enfrentar a pandemia da COVID-19 e temas relacionados a endemias e epidemias, no âmbito dos programas de pós-graduação de mestrado e doutorado do País. O Programa está estruturado em duas dimensões: Ações Estratégicas Emergenciais Imediatas e Ações Estratégicas Emergenciais Induzidas em Áreas Específicas.

Em três editais, 109 projetos de pesquisa e formação de recursos humanos foram selecionados, com o envolvimento de mais de 1.300 pesquisadores de universidades brasileiras e estrangeiras. Os projetos vão estudar temas relacionados a Epidemias, Fármacos e Imunologia e Telemedicina e Análise de dados Médicos.

Confira no Programa de Combate a Epidemias os detalhes dos três editais:

Fonte: Redação CCS/CAPES

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