Encontro da Academia Brasileira de Ciências discutiu modernização do ensino superior. MEC foi representado pela Secretaria de Educação Superior
OMinistério da Educação (MEC) participou, nesta segunda-feira, 8 de abril, da Conferência Livre Preparatória para a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI), sobre o tema “Modernização do ensino superior para o desenvolvimento sustentável”. A reunião, realizada em formato híbrido, cuja parte presencial ocorreu no Rio de Janeiro (RJ), foi promovida pelo Grupo de Trabalho sobre o Ensino Superior Brasileiro, da Academia Brasileira de Ciências (ABC).
O secretário de Educação Superior do MEC, Alexandre Brasil, foi um dos palestrantes do painel “Análises e propostas para o sistema de instituições de ensino superior públicas, com o objetivo de ampliar fortemente, de forma economicamente viável, a contribuição do setor público na formação de bacharéis e licenciados”. O moderador foi o acadêmico Ado Jorio de Vasconcelos, e o painel contou com a participação do professor do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rodrigo Barbosa Capaz, e do diretor-secretário da Academia Brasileira de Educação, Ronaldo Mota.
Em sua apresentação, Alexandre Brasil elencou um diagnóstico abrangente sobre acesso, permanência, extensão universitária e qualidade da formação; e apontou desafios voltados ao enfrentamento da evasão e à preparação para as transformações do mundo do trabalho. Além disso, o secretário de Educação Superior do MEC também falou sobre o contexto econômico, social e político atual e dos últimos anos.
“Nos últimos anos, houve o aumento da pobreza e com isso a necessidade de trabalhar por parte de muitos de nossos alunos, o que tem dificultado a permanência deles no ensino superior. Houve, ainda, um ataque à credibilidade das universidades públicas e mudanças no mundo do trabalho, com todo o processo de precarização, que têm consequência direta na formação e conclusão de um curso superior de quatro anos”, falou.
Para Alexandre Brasil, os avanços da tecnologia impactaram e mudaram o perfil dos estudantes, que atualmente são “nativos digitais”. “Um elemento que, para mim, é muito impressionante, é o crescimento dos cursos de educação a distância. Provavelmente, eles devem ultrapassar, no próximo Censo, em termos totais, as matrículas em cursos presenciais do ensino superior brasileiro. O crescimento, a partir de 2017, é bastante impressionante. É algo sobre o qual o MEC tem se debruçado e atuado, para repensar, discutir, avaliar e regular esse crescimento”, apontou.
Outros temas debatidos na conferência foram: “O combate à evasão, melhorias do processo de seleção dos ingressantes, estímulo à sua permanência na instituição pela adoção de um modelo flexível que permita ao estudante definir seu itinerário acadêmico”; “Criação de centros de formação de recursos humanos em áreas estratégicas”; e “Medidas para promover uma reestruturação do sistema de avaliação de programas de pós-graduação, compatíveis com os objetivos de promover o desenvolvimento das áreas tecnológicas e de inovação.
Conferência – A 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação será realizada nos dias 4, 5 e 6 de junho, em Brasília (DF), sob a coordenação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O objetivo da CNCTI é analisar os programas e os planos da Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (ENCTI) 2016-2023 e os seus resultados, com vistas a propor recomendações para a elaboração da ENCTI 2024-2030, além de ações a serem executadas em longo prazo.
Fonte: Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Secretaria de Educação Superior (Sesu)
Imagem de Capa: Site do Ministério da Educação – Publicado em 08/04/2024 17h51