Ingresso nos cursos de mestrado e doutorado registrou aumento em 2023, depois de praticamente ficar estável entre 2021 e 2022
A pós-graduação stricto sensu do Brasil superou o patamar de 350 mil matriculados em 2023. Após praticamente ficar estável de 2021 a 2022, o País registrou um aumento de mais de 35 mil ingressantes nos cursos de mestrado e doutorado no último ano. Os dados foram apresentados por Denise Pires de Carvalho, presidente da CAPES, na reunião desta terça-feira, 7 de maio, do Conselho Nacional de Educação (CNE).
Em 2021, o Brasil contava com 322.969 mestrandos e doutorandos e 7.163 cursos de pós-graduação stricto sensu, o que dava uma média de 45 matriculados por curso. No ano seguinte, esses dados passaram para 325.311 e 7.027, com a mesma média. Já em 2023, foram 360.648 e 6.979, com aumento de 45 para 52.Imagem: Quadro explicativo (CGCOM/CAPES)
Denise Pires de Carvalho, presidente da CAPES, destacou o reajuste de 40% no valor das bolsas, concedido em 2023, como um fator importante para o aquecimento da procura pelos programas de pós-graduação. Foi o primeiro aumento em 10 anos. E destacou a necessidade de o País continuar a formar pessoal altamente qualificado.
“O Brasil registra um percentual de 0,2% de doutores em relação ao total da população. A média da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico é 1,1%”, comparou a gestora. “Se pretendemos ser um país desenvolvido, precisaremos de mais doutores. Não é coincidência que, quanto mais doutores, maior o Produto Interno Bruto (PIB) de uma nação”, enfatizou a presidente da CAPES. Luiz Curi, presidente do CNE, adicionou: “O fato é que a pós-graduação se expande, e se expande muito bem”.
O Plano Nacional de Educação com vigência de 2014 a 2024 estabeleceu as metas de formar 60 mil mestres e 25 mil doutores por ano. A primeira quantidade foi alcançada, a segunda não. Quando se compara com um país de referência, como os Estados Unidos, nota-se a necessidade de crescimento. Os EUA formam anualmente 180 mil doutores e 800 mil mestres.Imagem: CAPES participou de reunião do Conselho Nacional de Educação (William Santos – CGCOM/CAPES)
Todo o avanço da pós-graduação do País tem sido permeado, há meio século, por um processo avaliativo em constante aperfeiçoamento. Antonio Gomes, diretor de Avaliação da CAPES, afirmou ser “um sistema que tem todas as dimensões” e que agora “precisa tangenciar o planejamento e a autoavaliação dos programas”. “Os programas de pós-graduação precisam ser avaliados a partir de uma perspectiva do que se propuseram a fazer. A Avaliação é indutora, mas não tutela as atividades”, disse.
Sobre o CNE
O Conselho Nacional de Educação tem por missão a busca democrática de alternativas e mecanismos institucionais que possibilitem assegurar a participação da sociedade no desenvolvimento, aprimoramento e consolidação de uma educação nacional de qualidade. Suas atribuições são normativas, deliberativas e de assessoramento do ministro da Educação. O CNE é dividido em Câmara de Educação Básica e Câmara de Educação Superior.
Fonte: Redação CGCOM/CAPES
Imagem de Capa: William Santos – CGCOM/CAPES